quarta-feira, 30 de julho de 2008

CARIOCAS - to chegando!

CARIOCAS SÃO BONITOS
CARIOCAS SÃO BACANAS
CARIOCAS SÃO SACANAS
CARIOCAS SÃO DOURADOS
CARIOCAS SÃO MODERNOS
CARIOCAS SÃO ESPERTOS
CARIOCAS SÃO DIRETOS
CARIOCAS NÃO GOSTAM
DE DIAS NUBLADOS

CARIOCAS NASCEM BAMBAS
CARIOCAS NASCEM CRAQUES
CARIOCAS TÊM SOTAQUE
CARIOCAS SÃO ALEGRES
CARIOCAS SÃO ATENTOS
CARIOCAS SÃO TÃO SEXYS
CARIOCAS SÃO TÃO CLAROS
CARIOCAS NÃO GOSTAM
DE SINAL FECHADO

Embarque Escandinavo

As paginas estao congeladas, mas o blog continua.
E continua porque algumas coisas eu PRECISO compartilhar com voces.
A Sueca Peituda estah embarcada comigo. PIOR: na mesma cabine.
Vai que, de noite, depois do meu terceiro banho do dia, ela finalmente fez a pergunta que, estou certa, esteve cozinhando seus miolos pelos ultimos meses: pra que tanto banho?
Estive por um pentelhesimo de distancia de confirmar suas suspeitas dizendo que tinha uma rara doenca de pele que me obriga a esfregar minhas partes todos os dias com sabonete pra pulgas. Mas fui boazinha, o bom humor de ir para o Brasil me fez dizer apenas que esse eh o habito comum em meu pais. Ela entao diz "um por dia, tudo bem, mas dois, tres?"
Ou seja, um por dia eh aceitavel. Well...
E entao ela foi tomar o seu banho (deve ter sido o primeiro da semana). Saiu com a toalha parcialmente enrolada nela - onde qualquer pessoa com um minimo de nocao de area perceberia que seria mais facil ela cobrir a toalha que o contrario. Ok, bem, concentrei-me em meu livro para nao ter nenhuma visao desagradavel.
Ela sentou-se na cama, com apenas o edredon que segurou sob os bracos lhe cobrindo, e comecou a passar creminho no pe. Ok, ok, ela estah apenas passando creminho, depois vai colocar a roupa.
HA! Ledo engano! Dormiu assim!
Fechei as cortinas da minha cama pra poupar-me da visao do inferno, e fiquei imaginando como seria a cena se o alarme de abandono soasse na madrugada...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Trilha Sonora

Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome
Dos meninos que têm fome

Eu ando pelo mundo - e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor, cadê você?
Eu acordei, não tem ninguém ao lado
(Esquadros - Adriana Gafanhoto)

Vickingolandia

As historias do diario vao dar um tempo. Nao que eu nao tenha nada pra contar mas, por uma questao de homenagem, resolvi que a pagina 20 sera escrita apos a viagem ao Brasil. Meu Brasil brasileiro, mulato izoneiro, mais que merece!
E, como voces podem ver por este post completamente desacentuado, estou novamente embarcada. Desta vez, na Noruega, terra dos fiordes, dos vickings, dos homens grandes e bronzeados. Paraiso!!!!
Encontrei o homem da minha vida no voo pra ca. Infelizmente eu desci em Bergen, ele seguiu rumo a Oslo. Tudo bem, eu tenho certeza que encontro outro homem da minha vida facil facil aqui.
O problema eh a concorrencia, a mulherada tambem eh linda.
Pra dar uma ideia, fiz o check out no hotel com a Gwyneth Paltrow.
Mas... vamos que vamos! Blog continua, sem acento mas com humor. E as passagens marcadas para meu Rio de Janeiro. Minha cidade eh um poema, todos sabem que eu sou, sou carioca da gema!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O Estranho Mundo de Jackie

Quanto Mais eu Rezo...

Aparentemente, o produtor da minha vida, em conchavo com o diretor, resolveu fazer dela uma refilmagem de Além da Imaginação. Meu mundo segue seu rumo em direção ao bizarro. Mas como o personagem é meu, as pinceladas cômicas prosseguirão.
Um dia de verão em Aberdeen. Minha amiga americana e eu, duas marginais globalizadas, demos uma linda corcova no trabalho, saída pela direita, leão da montanha. Colocamos nossos biquinis e nos escarapichamos na praia.
Ali estávamos, ungidas em protetor solar, falando todas as bobagens com que sempre brindamos uma a outra, quando vejo caminhar pela areia um sujeito ímpar: shorts negros, camiseta negra, luvas negras, meias e botas negras.
Olho para Steph e pergunto: “what’s that fuckin’ porra?”. Ela faz sua cara habitual de “não tenho a mais vaga noção”. Ok, beleza.
O cara párou em frente a nós. Olhou prum lado, pro outro, e veio falar comigo: “você se importa se eu sentar com vocês?”
“Sim, me importo”, respondo sisuda. E ele sentou.
Ai puta que pariu, falei. Steph, que já está sabendo as expressões básicas em português, já riu. Ok. Voltamos a conversar.
Mas o maluco queria fazer amizade. Perguntou de onde eu era. Falei um “Brasil” entre dentes, pra ver se o cara sacava que eu não tinha a menor intenção de socializar. Virei o rosto pra Steph e segui conversando unilateralmente. Steph estava rindo mais, e eu não sabia do que.
Descobri quando o sujeito perguntou o que eu estava fazendo no Reino Juntinho. Eu viro pro cara e... bem, ele tinha tirado os shorts (segundo me conta a americana depois, ele ficou nu, se trocando ali na praia na maior. Graças à Deusa, essa eu perdi) e colocado sua sunguinha, negra, óbvio – e a parte da frente, mínima. Com tufos ruivos, praticamente uma floresta amazônica em sépia, saindo pelos lados!
Foi demais pra mim, segurando o vômito e sem responder absolutamente nada ao cara, virei pra Steph e disse q ia nadar. Quem sabe assim ‘Señor Creepy’, como nós carinhosamente o chamamos agora, entenderia seu status de persona non gratta’.
Quando piso na água escuto o cara vir trotando igual um cavalo para mergulhar comigo! Párei, estática, ele passou e deu aquele salto magnífico, mistura de sapo sentindo cãimbras com albatroz pousando – e eu vejo que sua sunga por trás é um fio dental!
Viro-me rapidamente e vejo que minha amiga está com a cara afundada na toalha, rindo horrores. Cato minhas coisas e sento do outro lado. Eu sinto que fiz algum mal à Deusa do Amor, e estou sendo duramente castigada com este maldito magnetismo pra psicóticos!

Pausa para almoço em restaurante mexicano, já que eu sigo uma dieta balanceada onde figuram os 5 principais grupos alimentares: verduras, frutas, fibras, laticínios e tequila golden. Os pratos vegie têm todos um lagartinho verde ao lado de seus nomes no cardápio, facilitando muito minha vida. Escolho as fiestafajitas – prato que, caso a pessoa seja fake vegie, pode ser acrescido de frango por apenas uma libra. O que significa que eu estava além de tudo economizando essa libra. Show.
O prato vem. Primeiro pedaço e... caralho, isso aqui é frango!
Chamo o tio da bandeja, falo que o prato veio errado. Ele me diz que entendeu que eu havia pedido fiestafajitas. Beleza, isso aí, eu PEDI. Fiestafajitas É com frango, diz o cidadão.
- Aaaaaaaaaaaaaaah, né não. Traz o menu aí.
Ele não traz, mas diz que vai trocar o prato. Ok, espero. E, quando traz, ele me diz que, por cortesia da casa, eu não teria que pagar pelas outras fajitas.
Poupei seus fracos neurônios aberdonianos não lhe dizendo que seria mais fácil ver Bento XVI dando a bunda na Praça São Pedro que eu pagando por algo que não pedi!

Jaqueline Costa
É veggie que não come carne

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Trilha Sonora

Meu amor me deixou
Levou minha identidade
Não sei mais bem onde estou
Nem onde há realidade...

Ah, se eu fosse marinheiro
Era eu quem tinha partido
Mas meu coração ligeiro
Não se teria partido...

Ou se partisse colava
Com cola de maresia
Eu amava e desamava
Sem preso e com poesia...

Ah, se eu fosse marinheiro
Seria dôce meu lar
Não só o Rio de Janeiro
A imensidão e o mar...

Leste, Oeste, Norte, Sul
Onde o homem se situa
Quando o sol sobre o azul
Ou quando no mar há a lua...

Não buscaria conforto
Nem juntaria dinheiro
Um amor em cada porto
Ah, se eu fosse marinheiro
Não pensaria em dinheiro
Um amor em cada porto
Ah! se eu fosse marinheiro...

Viagens da Jackie – Página 18

Comendo Couve em Bruxelas

E eis que finalmente tive uns dias livres e aproveitei pra dar um pulinho ali na Bélgica. Sim, eu sei, eu estou ridiculamente escrota, e como eu sei que vocês gostam é de ler sobre minhas derrotas, não vou encher-lhes a paciência contando como as cidades são lindas e a cerveja é boa..
Primeiro, um belo vôo Aberdeen-Paris. Pra meu tormento, o único horário possível era às seis da matina de sexta-feira. O que significa estar no aeroporto às quatro, coisa nada cristã. Claro que uma pessoa de bom senso e noção da realidade iria dormir cedo para estar bem-disposta na manhã seguinte.
E é claro também que essa pessoa não sou eu.
Quinta à noite, a máfia já formada abre os trabalhos na Igreja já conhecida. Entre um whisky e outro, párei de dançar lá pelas duas e sbroubles da manhã. Tempo exato de ir pra casa, tomar banho e pegar o táxi.
E o vôo pra Paris é curto.
Chego ao famoso Charles de Gaulle, e ouço os avisos de segurança – algum demente esqueceu sua bagagem em uma das saídas do MEU TERMINAL (claro! O aeroporto é gigantesco, mas claro que tinha que ser no terminal em que eu estava descendo!) e, como nào aparecia pra buscar, a despeito de todos os avisos, o assunto foi tratado como de risco.
O que significa dizer que ninguém entra, ninguém sai.
Como meu celular estava já morrendo, e eu precisava do danado pra ligar pra minha amiga que já estava na França, fui procurar uma tomada pra plugar o infeliz. A única que encontrei foi no espaço de Baby Care. Perfeito, liguei o carregador, sentei na pia e comecei a ler. Não podia ir pra lugar nenhum, mesmo.
Eis que surge o faxineiro. Eu, num francês que faria corar de vergonha qualquer criança de 6 anos com um mínimo de Frere Jacques no ouvido, expliquei que estava ali apenas para carregar o telefone. O bruto, ao ver minha camisa do Brasil-Il-Il, logo começa aquela velha conversa de gringo, aqui já com tecla sap:

- Brasil? Futebol!
- Sim, sim, futebol....
- Pelé!
- Sim, sim, Pelé...
- Ouí! Ouí! Garrincha!
- É, Garrincha, Ronaldo...

E eu só queria um espaço tranquilo pra carregar o telefone e ler meu livro. Mas vá lá. Foi quando o cidadão começou a falar das mulheres brasileiras, as mais bonitas. Agradeci, ainda em dúvida se ele sabia que eu sou brasileira ou se achava que eu estava fazendo uma homenagem ao país. Então ele diz que nós temos fama de população que gosta de sexo. E de pornógrafos. Ensaio um peraí, mermão, não é bem assim... e sou salva pelo gongo, com a entrada de uma senhora e seu bebê. O sujeito sai, eu desço da pia, a moça troca as fraldas da criança, eu retomo meu posto.
E o cara volta. E então, num momento tão surreal que eu pensei fazer parte dum quadro do Dali, se ofereceu pra me comer no banheiro!
Eu não sabia se ria ou se dava uma porrada no cara que, pensando que eu não tinha entendido o que ele disse em francês, começou a fazer mímica de beijinho e dizer ‘L’amour! L’amour!’
Peguei minhas e coisas e me mandei. Hospitalidade francesa é um troço muito esquisito.
Enfim. Um dia mais na cidade-luz, desta vez arrasando num agradável verão – que obviamente ainda não chegou em Aberdeen – e com salsa até 3 da matina, depois de carro até Bruxelas na manhã de sábado, à caça de cerveja, couve e chocolate. Dos três, a única coisa que não vi foi a verdura, o que me faz pensar que minha mãe inventou o nome pensando que sua filha tão chique só comeria vegetais importados.
Pra não perder tempo nem a dignidade, já que de bêbado não tem dono, arrumamos um hotelzinho já na rua da muvuca. Assim, caso o álcool atingisse um nível mais alto, o caminho da cama não era tão complicado.
Mistura de Lapa com Europa, não preciso dizer que fiquei apaixonada, e também doente de ter que sair dali. Bem, menos uma noite de sono, mas dormir pra que....
Depois de um domingo de sol, cerveja e mais risadas, desmaio no avião pra voltar pra cidade de granito.
Nos poucos momentos em que estava desperta, o sol maravilhosamente brilhava num céu limpíssimo. Foi quando o piloto gentilmente informa: “senhores passageiros, preparem-se para o pouso, estamos chegando a Aberdeen”.
Pronunciado o nome da cidade, magicamente o fog se fez presente diante de nós. Quase chorando, pergunto à aeromoça se o nome do piloto é David Coperfield.

Não era. É praga mesmo...

Jaqueline Costa
Que Nunca Mais Lê em Baby Care Room

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Serviço de Utilidade Pública

Segunda Parte - Respostas a Perguntas que Não Deveriam Ser Feitas

Eu sei, eu sei. Mulher é bicho esquisito, e todo mês sangra, como diria Rita. Mas é assim mesmo, não adianta reclamar. E só piora com a idade!
Enfim... mulheres gostam de fazer perguntas para as quais não há resposta correta. Qualquer resposta dada será motivo de uma briga. Ou de discutir o relacionamento. Ou de fazer aquela cara de manga-chupada tão conhecida, que quer dizer exatamente "você SABE porque eu estou puta".
E você, claro, não sabe.
(Abrindo um parêntesis totalmente pessoal e intransferível, tenho a dizer em minha defesa que, seja pelo espírito prático que ocasionalmente habita este corpitcho, seja pelos anos de engenharia com cachaça e limão, acompanhada de vários amigOs, eu não tenho essa psiquê auto-destrutiva. Mas este serviço é generalista, não individualista).
Vamos às dicas então:

1. Angelina Jolie
Você está numa mesa com sua namorada/noiva/piriguéti da vez, e alguma outra mulher. Eis que elas começam a comentar sobre o último filme da Angelina Jolie. Em cinco minutos, pode ter certeza, elas vão começar a falar como La Jolie é bonita.
Fique esperto: ao primeiro sinal de que a conversa irá para esse lado, levante-se com a desculpa de que vai buscar chopp ou, se estiver num restaurante, que precisa ir ao banheiro. Ao retornar, ignore completamente qual o assunto em questão, apenas sente-se ao lado da sua companheira, alise sua perna, lhe dê um beijo e diga como ela está bonita naquele dia. Isso nunca falha. Para manter-se em campo neutro, inicie imediatamente uma conversa acerca de alguma coisa muito engraçada que aconteceu no escritório. Se não aconteceu nada, invente - quem manda trabalhar em escritório chato?
Falar sobre a beleza da Angelina Jolie é um campo minado sobre o qual você não quer andar.
Se vocês concordam conosco que ela é realmente muito bonita e muito chique, então imediatamente nosso complexo de patinho feio que Deus nos deu e mamãe regou é ativado. As mais tranquilas vão fazer você passar longe de qualquer filme que cheire a Angelina. Algumas, mais psicas, vão começar a ver sósias da atriz em tudo quanto for morena que aparecer na sua frente, com ciúmes até da Lassie. Inferno puro.
Se, por outro lado, vocês discordam, tentam fazer um agrado, dizem que ela é até meio sem graça, e que gostosas mesmo somos nós (ou melhor, sua companheira, que lançar esse caô no plural é muita canalhice), nós sorrimos, agradecidas. E vocês acham que fizeram o dia, que são muito espertos, que hoje a noite vai ser boa.
Tolinhos.
Amigos, nós somos mulheres, não ignorantes. Nós SABEMOS que a Angelina é linda. E chique, rica, cheirosa e casada com o Brad Pitt. A vaca só tem qualidades. Então, se vocês são capazes de mentir sobre uma coisa tão óbvia, o que dirá de coisas mais subjetivas como as perguntas "você me ama" e afins?
PS: dica válida para Giseles Bündchens, Anas Paulas Arósios, Fernandas Cândidos, Alinnes Moraes e demais absurdos da natureza.

2. "Você viu como a Aninha engordou?"

Melhor resposta
: "Quem é Aninha?". Responder que sim ou que não apenas significa que você tem olhado muito pra bunda da Aninha.

3. A sogra

Toda mulher do mundo tem problema com a mãe. Faz parte do nosso destino, uma troca feita na saída do Paraíso pela habilidade de fingir orgasmos, tão importante para a tranqülidade matrimonial. Infelizmente pagam as saias-justas pelas secadoras, e quem tem orgasmos reais também sofre com mãe.
Que, graças a Deus, só tem uma.
Mais dia, menos dia, você será envolvido em uma novena de reclamações acerca do comportamento super-protetor possessivo sufocante exigente da mãe de sua consorte. É a vida. Não se desespere, e não caia na armadilha do comportamento fácil de concordar. Mãe é mãe, paca é paca. No calor do momento sua companheira se mostrará feliz por ter encontrado em você alguém que compreenda suas angústias. Isso dará a você a falsa impressão de que poderá reclamar com ela quando sua sogra começar a pegar no seu pé - coisa que invariavelmente ocorrerá.
Claro que, quando repetir as reclamações já ouvidas, sua atual imediatamente se voltará contra você. Afinal, quem é você para falar da mãe dela?
Dica: esta é realmente difícil. Falar lhe trará problemas no futuro, não falar lhe trará problemas agora, pois você pode passar por insensível. Então, use a terapia do abraço, diz que tudo vai passar. Só isso. Não diga que ela não deve se zangar por tão pouco - isso nos faz pensar que vocês acham que somos paranóicas. Não tentem minimizar a situação, por mais ridícula que lhe pareça (e, provavelmente, é mesmo). E, sobretudo, não tentem conversar com sua sogra.

4. "Onde você foi ontem?"

Sua ex-namorada faz aniversário. Vocês terminaram há anos, mas continuaram ótimos amigos. Sua atual, obviamente, não vai com a cara dela. Nós nunca vamos com a cara de ex-namoradas excelentes amigas. Se forem bonitas, então, fudeu.
Claro que a gente diz que é uma parada de energia, de santo, que ela "passa uma coisa ruim".
A única coisa ruim que ela deve passar é camisa de jersey, que é foda mesmo. Mas e daí? O que não tem explicação complicado está.
E aí, todos os seus amigos vão estar na festa. Que nem vai ser uma feeeeeeeeeeeeeeeesta, vai ser só um chopp no Amarelinho e olhe lá.
Sua atual tem uma dor de cabeça tsunâmica, quem diria. Tão forte, nem quer sair. Quer só ir pra casa depois do trabalho, tomar um banho e dormir.
Você fala com ela por telefone. Depois dá uma passada no Amarelinho. Dois chopps, três piadas, pega o carro e vai embora.
No dia seguinte, tudo vai bem, almoço com a namorada, ela sorrindo pergunta se você foi na festa.
Por que, EU pergunto, se fazem perguntas para as quais não se querem as respostas? Uma vez que é ÓBVIO que você foi à festa - para um chopp ou um barril, não faz diferença. Se você diz que foi, começa a briga porque você foi. E, se diz que NÃO FOI, começa a briga porque você está achando que ela é idiota.
(Novo parêntesis, só para reclamar sobre o terceiro milênio, as novas tecnologias, a revolução sexual e a queda da Bastilha, todas essas coisas que geraram estranhos seres como os 'homens sensíveis'. Já encontrei uns fresquinhos pela vida que também tinham a irritante mania de perguntar e depois reclamar da resposta que ouviram).
Enfim, ainda não encontrei uma solução para esta charada. Em meu caso, como pessoa paciente que (não) sou, eu simplesmente viro pro calango e mando: "simplifiquemos nossa vida e encurtemos meu aborrecimento: qual a resposta que você quer ouvir? Diz aí que eu repito"
Claro que isso não é muito bom para o relacionamento em si, mas eu também não estou aqui para namorar Leão Lobo.

Uma Emocionante Saga em Busca da Piada Perfeita

"As Páginas do Díário" surgiram meio por acaso, da união de minha paixão por escrever com a necessidade de responder a meus vários muitos amigos a eterna pergunta que não raro pululava em minha mailbox: "onde é que você tá, mulher?"
Pra não responder um por um, os relatos das viagens foram iniciados, e enviados para uma lista de amigos. Um interessante efeito bola-de-neve começou, com amigos mandando os textos para outros amigos, e a lista foi aumentando. Com tanta gente que nem me conhece querendo ler as besteiras que escrevo, só posso concluir uma coisa: como tem gente boba neste mundo! ! !
Para não correr o risco de perder os textos, resolvi colocar tudo na net, para referências futuras, que não serão aceitas como prova por nenhum juiz.
Claro que isto não significa que vou deixar de mandar as páginas do diário por email para meus diletos, seletos, concretos e infelizes leitores!

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