segunda-feira, 27 de julho de 2009

Anos estudando Engenharia...

E soh agora a Fisica fica clara para mim! ! ! !

  • Mecânica: qualquer merda que está se mexendo.
  • Estática: qualquer merda que fica parada.
  • Hidrostática: qualquer merda que fica parada na água.
  • Hidrodinâmica: qualquer merda que está se mexendo na água.
  • Termodinâmica: qualquer merda que está esquentando.
  • Eletricidade: qualquer merda que dá choque.
  • Óptica: qualquer merda que brilha.
  • Ondulatória: qualquer merda que você escuta ex: Simple Plan, Green Day, rbd
  • Magnetismo: qualquer merda que atrai mais merda.
  • Relatividade: qualquer merda rápida pra caralho ou grande pra cacete.
  • Quântica: qualquer merda que você não sabe onde está ou o que está fazendo.
  • Teoria de Campos: qualquer merda que tenha λ_2φ^4 e que os físicos não sabem pra que serve.
  • Física Matemática: a física flerta com a matemática. Sinto o cheiro de merda no ar.
  • Física Médica: área da física pra quem não passou em medicina.
  • Mecânica Estatística: qualquer conjunto grande pra caralho de merdinhas pequenas pra cacete.
  • Física Atômica: qualquer merdinha menor que as anteriores.
  • Física Estocástica: qualquer merda que dependa da sorte.
  • Física Mesoscópica: uma merda tão complicada que não dá para fazer piada.
  • Biofísica: qualquer merda que os físicos fazem pra arrumar mulher, já que no curso deles não tem isso.

domingo, 26 de julho de 2009

Microsoft e o Buscador Inteligente

O site Jacaré Banguela que me deu a dica. A Microsoft resolveu brigar com a Google no campo dos buscadores. Está já no ar a versão beta do BING.
O problema é que a galera não tem o que fazer, e os meninos do site resolveram descobrir o que o buscador mostraria como resultado de busca sobre a palavra merda.
Achei a brincadeira engraçada, e resolvi fazer uma busca também.
Não é que esse buscador é inteligente mesmo???

Notícias do meu Brasil

Vejam que espetacular furo de notícia n'O Globo:


Ainda bem que o cara avisou, né?
Mas não vai participar... por quê, hein? Que frescura de Massa! Essa história de coma nunca párou o Rubinho!
Infelizmente...
Pra que achar que é broma minha, só porque eu editei a matéria pra caber aqui, pode olhar n'O Globo que tá lá...


E, de grátis, uma boa nova para os sanpaulinos: no que depender da promotoria de São Paulo, eles logo terão mais um evento a comemorar dentro do próprio estádio. Afinal, justiça seja feita, lugar de parada Gay é no Morumbi!


Quer ler? Clique aqui

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Canadando

Além de Polícia Montada, Canadá Produz o Que???

Embora minha viagem para o Canadá, para mais um Xubis-curso, estivesse prevista desde novembro do ano passado, o povo aqui resolveu comprar a passagem só a uma semana de me mandarem para o país.
(Eu ia aqui acrescentar algo como ‘o país de...”, mas não me veio nada à mente. Aceito sugestões. Quando se fala em Canadá, o que lhes vem à mente??). E então descobriram que só havia passagem na classe executiva. Por mim, tudo bem! ! ! !
Pro meu chefe nem tanto... Ele achou melhor me mandar 4 dias antes do curso começar, e me deixar lá de bobeira no hotel.
BOOOOOOOOOOOOOOOOM também!

Escala de 3 horas em Londres, depois algumas várias horas até Edmonton, Canadá. Fila normal para o passaporte, e me encaminho para as esteiras, a esperar minha mala.
Que, obviamente, respeitando a Maldição de Montezuma que me persegue, não chegou.

A esteira pára, já todos tinham suas respectivas bagagens. Menos eu.
Já mais que acostumada com isto, me encaminho para um dos funcionários do aeroporto para pedir os formulários de declaração de bagagem perdida. O cara me explicava os trâmites, naquela de “não se preocupe, blablabla whiskas sachê”, e como viu que eu estava super-tranquila e não questionava nem reclamava, me olhou um tanto aturdido. Eu expliquei: “ah, não ligue. Já estou acostumada. Sempre perdem minha bagagem”.
Ele, aparentemente treinado nas milenares artes orientais de despachar mala, me disse então que a minha foi perdida porque eu tinha pensamentos cinza quanto a isso, e me aconselhou a ter pensamentos mais positivos na próxima viagem. Ah, tá. Então era por isso...

Saí do aeroporto e entrei no primeiro táxi que encontrei. O motorista, um muçulmano, depois que lhe disse o endereço do hotel, me perguntou de onde eu era. Não sei como ele adivinhou que eu não era local, este meu semblante é tão canadense!
Falei que do Brasil. Foi a deixa para 20 minutos de conversa girando em torno de futebol, café e carnaval. Mas o melhor mesmo foi, ao me deixar no hotel, ele me entregar seu cartão e me mandar procurar sua família no Brasil. Que mora em São Paulo.
E Sào Paulo é tão pequeno.... quase não tem árabes....

O jet lag me matou na primeira noite. Totalmente fora do horário, não consegui dormir depois das 3 da manhã. Às cinco, já cansada de me revirar na cama, resolvi sair para uma caminhada na cidade.
Edmontão é uma cidade do estado de Alberta. Mas às cinco da matina, seu estado era mesmo Felchada. E como eles não exatamente são adeptos do pedestrianismo, não há calçadas. Ou seja que ver uma figura, tão incrivelmente cedo, caminhando onde normalmente só se vêem carros estacionados não é exatamente comum.
Alie ao fato de que minhas roupas estavam na bagagem, que naquele momento deveria estar fazendo escala no Turbequistão. Ou seja, eu estava caminhando com um puta sobretudo que tinha usado pra viajar. Não era exatamente uma roupa esportiva.
Diante de cena tão ímpar, não dá pra estranhar muito que um gualdinha tenha parado a viatura para me oferecer carona, achando que eu estava procurando uma oficina ou algo assim para um suposto carro quebrado...

O primeiro dia de aula chegou. Minha mala não. Havia comprado alguns items de primeira necessidade – shampoo, condicionador, sabonete, camisetas – e vamos que vamos. A turma era pequena, apenas 5 além de mim. Um sueco, uma argelina, uma tunisiana, um árabe e um canadense. E logo de cara, o primeiro instrutor no curso se apresentou como sendo do Sri-Lanka, tendo feito faculdade na Rússia. E o cara ainda por cima tinha a língua pguêsa!
Primeira pergunta do sujeito depois que desnudou esse seu currículo: “alguém aqui fala russo?”
Não me contive: “só depois da primeira garrafa de vodca...”
Nossa sorte não iria melhorar. Nos dias seguintes nos foi apresentado o segundo instrutor: coreano e gago...

Mas a gente estava ali pra brincar ou pra estudar? Na dúvida, alguém na turma descobriu que havia uma montanha-russa dentro do shopping.
Isso aí que vocês leram.
Como pessoas maduras que somos, pulamos dentro dum táxi para ver que história era essa. Os seis na fila para a voltinha – nem tão voltinha assim, tem 3 loops bem satisfatórios – e então que Sanel, o sueco, e Ahmed, o árabe (e se eu não dissesse vocês nunca iriam adivinhar, né??) saíram por dois minutos para comprar uma água. Éramos os últimos na fila quando eles saíram, mas obviamente quando voltaram já havia outras pessoas atrás de nós.
Sanel, numa tentativa frustrada de explicar às adolescentes que conversavam animadamente que eles não estavam furando fila, disse: “nós estamos juntos”. Porém sem apontar a nós, em sua inocência sueca imaginando que isto estaria implícito.
A menina, olhando para ele e para Ahmed, fez uma cara de espanto, acho que tanto pela informação quanto pelo fato de ele atrapalhar sua fofoca para lhe contar o babado. Mirou de alto a baixo meu amigo de 1.97m e seu suposto “companheiro” e, estupefata, perguntou: “vocês dois estão JUNTOS???”
Só com a gargalhada que veio do grupo que estava à sua frente foi que ela percebeu o que Sanel tinha intenção de falar...

E uma das noites resolvemos ver como era uma balada canadense. Esperávamos nós na filinha para apresentar devidas identificações. Na minha vez, o segurança disse que não poderia aceitar minha identificação porque não era DE PLÁSTICO. Sim, ele mandou essa na minha lata.
O pobre sueco, meu fiel escudeiro nesse curso, ainda tentou argumentar com o cidadão, dizendo que no meu país não existe esse negócio de ID igual cartão de crédito. O cara estava irredutível, e eu estava cansada, e como não queria realmente ligar a impossibilidade de negociação com o fato de ser a única na fila que não tinha cabelo escorrido, falei pra galera esquecer o assunto, entrar e se divertir, eu iria pegar um táxi e voltar calmamente para a minha cama super-king-size no hotel.
Assim fiz, e mais uma vez o taxista que me recolheu era de origem árabe. Como estávamos relativamente longe do hotel, a corrida iria tomar bem uns trinta minutos. Que o motorista preencheu perguntando – só pra variar – de onde eu era. Depois de mais um momento futebol/café/carnaval , o cara resolve me perguntar o que eu estava fazendo no Cana-dá. Eu disse que apenas assistindo a um treinamento da minha companhia. Ao que ele, como todo cara que quer saber se a menina está sozinha ou se dá pra chegar junto, revisitando um clássico das pistas no mundo todo, perguntou se meu namorado não ligava de eu viajar sozinha. “Não, a gente não tem problemas com isso”, eu disse, pra ver se isto lhe bastaria para mudar o foco do assunto para a guerra do Iraque ou qualquer outra coisa mais agradável. Eu deveria era ter acrescentado “O que lhe incomoda mesmo é quando eu pego taxista maluco na noite”, mas resolvi não polemizar.
Aí ele veio me convencer que, se não tinha problema, era porque eu estava sendo chifrada. A conclusão era tão lógica pra ele quanto surreal pra mim, e eu ri. Foi quando ele subitamente começou a falar da vida dele. Que ele estava procurando agora uma morena. Oh, não me diga. Sim. Porque ele tinha namorado uma loura. Linda. Loura e linda, tinham namorado por x anos (eu não estava exatamente me apegando aos detalhes). E então ela chifrou ele. Coitadinho. Tomou volta. Estava revoltado com as loiras. E que mesmo agora tinha uma outra platinada apaixonada por ele. Mas ele não confiava mais em loiras, e estava procurando uma morena.
Antes que ele me pedisse em noivado dentro do táxi, virei pro tiozinho e falei: “Não pense assim. Tire essaa mágoa do seu coração. A vida segue. É só ter um pouco mais de fé nas pessoas, eu tenho certeza que você ainda vai encontrar uma morena pra te sacanear...”

Jaqueline Costa
Sim, Novamente com Bagagem

terça-feira, 14 de julho de 2009

Minha cachorrada....






Os filhotes estão cada vez piores. Depois de invadirem o porão da casa pra brigar, deixando minha mãe louca e sem conseguir dormir, agora resolveram variar sua dieta. Acharam que estava mto à base de proteínas, faltava algumas fibras.
Comeram o banco da moto nova do meu pai.

Minha mãe tenta uma solução:
"Vou plantar uma muda de erva-cidreira no quintal. Assim eles comem e ficam calminhos..."
Josie: "Mãe, pode plantar até VALIUM.... vai adiantar porra nenhuma"

Turista em Casa

Pé do Meu Samba. Chão do meu Terreiro. Tudo para o Coração de um Brasileiro

A semana no Rio transcorria simples – durante o dia entre praias e pontos turísticos, à noite exorcizando fantasmas na festa pagã. Entre idas às praias e passeios para inglês ver, minha amiga salsenha já se achava uma total expert em samba. Isto porque ela conseguia cantar, com pouco sotaque, dois refrões basicamente, e um deles nem era samba:
Ô coisinha tón bonitinha do pai”

“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça”
E era só isso. Mas era mais que suficiente, já que o objetivo era se acabar no carnaval e recuperar nas areias de Copa, e não vencer algum concurso para nova vocalista da Banda Eva.

Descansávamos tranquilamente nas areias de Ipanema, depois de levar a menina no Garota de Ipanema, parada obrigatória pra turista tirar foto e Jaque contar história. Eu na cadeirinha, Adris estirada na canga. As cervejas, obviamente, ao lado. O mar não estava exatamente católico, o que faz sentido já que a época era de carnaval e não exatamente de muita religiosidade, então avisei pra muchacha pra tomar cuidado caso reolvesse dar um mergulho. Mas ela estava mesmo era tentando virar neguinha, qual Caetano Veloso, e eu nem tive que me preocupar muito.
Eis que a turba ensaia movimentos mais frenéticos, e eu não sabia se era uma coreografia direta do Bola Preta ou um arrastão. Na dúvida me levantei para conferir.
Ufa, alívio. Nem uma coisa nem outra. Só um sujeito se afogando, que foi salvo a base de helicópteros. Show digno do Discovery Channel. Eu deveria ter cobrado um extra da bogotana.

Pão-de-Açúcar e Corcovado foram feitos ambos em um só dia. Entre um sobe e outro desce, uma foto e outra, minha amiga dá pequenos sinais de cansaço. Eu, categórica, praticamente uma Fernanda Keller dos cicerones: “Bora, Adris, que essa andança toda é ótimo pra coxa!!!”

Ela, sem entender nada: “Coxa?????”

Eu, em mais uma aula de português inclusa no pacote Passe o Carnaval com a Jaque: “Coxa, Nena, es como llamamos esta parte de la pierna acá en Brasil”, falei, apontando a própria.
Adris, com uma presença de espírito impressionante: “Olha, que coxa mais linda.... mais cheia de graça”

Depois da folia de Momo, fomos descansar na Região dos Lagos. Lá Adris pôde se expressar em seu idioma pátrio já que, como todos nós sabemos, Búzios é território argentino, tendo sido anexado por nossos hermanos na Batalha da Picanha Argentina, quando perdemos por 1 gol de diferença, marcado de mão pelo General Maradona.

Um passeio de saveiro aqui, uma caminhada na Rua das Pedras ali. E praia, que sabia lá eu quando poderia retocar o bronzeado novamente. E estava eu, tranquilamente deitada na canga, deixando que o Deus Sol fizesse o seu trabalho, quando a colombiana me vem com uma nova. Tinha encontrado o homem da sua vida. Bem em frente à gente.
Pena que o homem de sua vida era um moleque de 13 anos que estava ali acompanhado pelos pais.
Disse pra minha amiga: se sua idéia é não voltar pra Colômbia, vai com fé. Acho que corrupção de menores deve lhe conseguir uma estadia num hotelzinho bacana de Bangu...

Jaqueline Costa
Fim da Férias. Próximo Capítulo: Curso no Canadá

domingo, 12 de julho de 2009

Rio Com Sotaque

O Dia que Shakira Conheceu o Cacique

Bem descansadas da viagem, e já devidamente alimentadas, seguimos para o Rio. Primeira parada, Barra da Tijuca, casa de meus compadres Flávio e Doc Joy. Coisa básica – conhecer a casa, pegar uma piscina e fazer fofoca. Dali fomos para a praia, para um mítico encontro com meu amigo Maumau.
Mítico MESMO. Nem os Deuses do Olimpo iriam conseguir encontrar o ponto em que ele estava.
Desecanei, curtimos a praia, e depois de novo pit-stop na pousada Doc para amigos e amigos de amigos, fomos expor nossas figuras na Medina.
Objetivo: Bloco Cacique de Ramos.

No caminho minha excitada amiga colombiana me perguntava se iríamos aparecer na TV.
“Considerando que eu esqueci minha roupa de Valéria Valenssa em Aberdeen, acho pouco provável...”
E daí se ela não sabia quem era Valéria Valenssa? A Globeleza também não sabe quem sou eu. Empate técnico.

Já chegamos no bloco comprando as populares três latinhas de cerveja pelo preço de duas. Entreguei uma pra Adris, abri a minha e arquivei a outra para uso futuro. O povo sambando como se a Paz Mundial dependensse disso – e se dependesse, ninguém nunca teria sequer ouvido falar em guerra. Adris olhou a massa pululante e voltou a olhar pra mim, qual criança pedindo permissão pra brincar no balanço. Achei graça da situação e num movimento de mão dei a deixa: Vai que é tua, Taffarel! ! !
O samba seguia, a cerveja descia, os caras chegavam junto.... carnaval normal. Pelo menos pra mim.
Adris estava embasbacada: “Nena, nunca en mi vida yo fui tán asediada!!!”
Simpatia é quase amor, Shakira, simpatia é quase amor...

Eis que, entre um batuque e outro, Adris me puxa o braço e aponta – uma câmera de TV despontava entre as cabeças!!!
Ok, ok. Entendi o que queria a bogotana. Nos acercamos do repórter, que perguntava aqui e acolá o básico, de onde você é, o que está achando do carnaval no Rio, e outras questões da mais alta relevância para o futuro da humanidade. Me acerquei dele, que virou o microfone e lançou a pergunta:

- E você, de onde é?
- Eu sou daqui do Rio mesmo... mas a minha amiga é da Colômbia!!!
Câmera na menina, o repórter:
- E então, está gostando do carnaval?
- Si! Si!
- E já aprendeu a sambar?
Considerando que ela treinava havia mais de um ano comigo, se achou no direito de dizer
- Pues claro!!!!

A galera deu espaço na medida do possível. Adris quase uma mulata Sargentelli, se ela tivesse idéia de quem foram as mulatas do Sargentelli. Ou o Sargentelli.
Não preciso dizer que eu ria adoidado.

Depois de seus 15 segundos de fama (fama só ali, pra galera que estava em volta. Eu nem sei dizer de que emissora era o cara), a pequena perdida era só alegria. O que foi particularmente providencial, pois me poupou de convencê-la a ficar até de manhã na folia.
Chegamos de volta à Flavio e Joyce Pousada Feliz já às sete da manhã. Um banho necessário, um expresso que fez meus neurônios cantarem “O Flavio é um bom companheeeeiroooooo.... ninguém pode negar”, e um cochilo. Nada demais, afinal ainda tínhamos o circuito turista a cumprir.

E dormir, a gente deixa pra quando estiver na cadeia.

Jaqueline Costa
Próxima Página: Cristo, Pão-de-Açúcar. Garota de Ipanema. O Rio Continua Lindo

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O Grito de Carnaval

Dicas de Como Soltar uma Colombiana no Rio sem Perder a Pobre

Como minha amiga Adris tinha cumprido sua promessa de me mostrar Bogotá e San Andres, cabia a mim cumprir minha parte no acordo e mostrar o Rio e o carnaval.
Logo eu, que desde que comecei esta vida de embarques, nunca mais soube o que era isso! Mas vamos lá, uma brasileira sambando mal já é bem melhor que um gringo sambando muito bem.

As aulas de português tinham começado ainda na Colômbia. Como obviamente eu falava em português com a Ivy, Adris, como bom papagaio, ficava prestando atenção e repetindo. O único problema é que ela tem uma memória muito volátil, e esquecia tudo. A única frase que ela conseguia guardar era “eu falo português também...”
E achava que estava ótimo!

Comecei a ensinar algumas palavras básicas para ela sobreviver no Rio:
“Adris, cerveza es GELADA. Chanclas es CHINELO. Hombre buenon es GOSTOSO...”
Ela, como boa trainee, gravou a lição. Mais tarde, arrumando a mala, me perguntou o que deveria levar de roupa. Eu falei pra ela, em português, qual o uniforme oficial do rio:
“Canga, chinelo e biquini. O que você precisa mais pra ser feliz?”
Ela, certeira: “Uma gelada!!!”
Estava pronta para o Rio.

Desembarcamos no mundialmente conhecido Aeroporto Antônio Carlos Jobim. Aquele que não é o Santos Dumont. E que você achava que era o Galeão. Pois. Ali mesmo.
Meus pais estavam nos esperando. Mal abracei minha mãe ela perguntou do meu irmão. HEIN?
Não, mãe... eu viajei com a Ivy, nào com o Leo...
Aí ela explicou – o Leo tinha vindo pro aeroporto também, ligou pra ela e perguntou em que terminal eu chegaria. Ela disse 2. Ele foi pro 2. Depois ligou pra ela e disse que não era 2, era 1. Ela insistiu que eu tinha dito 2. E foi pro 2.
E eu cheguei no 2.
Minha mãe ligou para o meu irmão, que estava – ora vivas! – no 1.

O divertido foi, depois, saber da Josie, que estava na dela, curtindo o carnaval em Olinda-PE, que meu irmão ligou pro seu celular, em plena manhã, quando a coitada ainda estava curando a ressaca da noite anterior, e disse:
- Josie, a Jaque tá chegando!
“Chegando onde? Em Olinda???” deve ter pensado a pequena infante... mas como reconheceu a voz do Leo, e sabendo que lógica nem sempre permeia suas conversas, ela perguntou:
- E?
- Então... eu tô no aeroporto.
- E??
- Qual o terminal que ela chega???

Você não precisa de exposições de Salvador Dali quando tem o Leo em sua vida.

Seguimos para Pet, para o famoso churrasco de boas-vindas, piscina e uma gelada. Descansar os esqueletos para se preparar para o carnaval carioca.
Minha amiga colombiana, totalmente inocente do jeito Costa de receber visitas, aceitava tudo que ofereciam. Depois de provar a picanha na brasa, queijo coalho, pão de alho, coraçãozinho, farofa, e um mega-prato de feijão tropeiro, me pediu quase de joelhos:
- Por favor, Jacky.... diga a tus papas que parem de me ofrecer comida.... porque la como! ! ! !
Isso, Shakira, é problema seu...

Jaqueline Costa
Ô Lê Lê! Ô Lá Lá!

As Últimas Bogotanas

Uma Hora Teria que Acabar

A parte colombiana das férias estava chegando ao fim. Saíamos do hotel em San Andres, rumo ao aeroporto e a Bogotá. Na entrada do hotel, os animadores dançavam músicas caribenhas para saudar os turistas que chegavam.
As turistas que saíam, como sem-noção que são,
a nível de sem-noção que sempre serão, aprontaram a última islenha.
Ivy olha pra mim rindo e fala: “Jaque, pergunta pro tiozinho se ele tem ‘Olha a Onda’ “
Eu já sabia qual a idéia que passava nesta mente do mal. Perguntei, só pra confirmar: “Mas você vai me acompanhar? “
Resoluta: “Vou”.

Fui eu então perguntar ao animador de plantão se ele tinha em sua musicoteca este clássico do cancioneiro bahiano.

E ele tinha!
E assim os turistas novos foram recebidos por duas brasileiras ensinando Axé Bahia para a galera do hotel.

Pelo menos já sei onde pedir emprego caso a Xubis me mande embora.

Depois do teco-teco para Bogotá, chegava também a hora de nos despedirmos do país de Juanes. Para nos lembrarmos da cidade, e como nos orientar caso regressemos, Adris desenhou um mapa tão perfeito que desconfio ela estudou engenharia cartográfica e não de petróleo. Segue o dito:

Ficou a dúvida se isto era um mapa ou uma arepa. Pero bién...

E em nossa última noite colombiana fomos para um restaurante com mariacchis mexicanos!
Não me perguntem por que, eu estava só seguindo minha cicerone.
Claro que não existe serenata mexicana sem tequila, e pedimos uma garrafa. Mandaram uma com o vermezinho.
Vocês sabem a tradição, se o vermezinho cair no seu copo, tem que tomar tequila com verme e tudo. Senão seu cabelo fica roxo, os dentes caem, você perde o emprego, se for homem sua mulher lhe bota chifres e se for mulher seu marido vira gay. O homem do saco sequestra seu filho, seu cachorro não lhe sorri latindo, e a preta do leite vira sua vizinha e conta toda a vida dela pra você 5 vezes por dia, já que você tá desempregado mesmo e tem tempo pra ouvir.
E o Brasil perde a Copa!

Quando chegou a garrafa com o simpático verminho, já fui avisando: sou vegetariana, só por isso que não vou engolir o amiguinho aí.

Jaqueline Costa

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Olha quem tá aí...


E estava eu passeando por Londres e quem eu vejo?
SIIIIM, ele mesmo...
MAUMAU, meu amigão! Quanto tempo! ! ! !

E mereço mesmo!!!!

Como hoje é segunda-feira, dia internacional da preguiça e do mau humor, além do calango coçador de saco, agora acabo de ser informada que vão abrir a pândega do poço meia-noite. Ê lerê!
E pra quem não sabe: ontem sete horas da manhã o alarme tocou. Claro que não era emergência. Era só trote. Ou melhor, era "treinamento". Tá. Sete da manhã de domingo.
Se não era trote, o capitão desta fragata é xiita. Purinho.

Eu Mereço

Estou embarcada. Embarcadíssima, embarcadérrima.
Para alergia dos meus neurônios (não digitei errado. Não é alegria. É alergia mesmo. Meu cérebro é alérgico a falta do que pensar), não há um lugar pra eu ficar na minha, lendo meu livrinho. A sala de recreação tem pouca iluminação e o povo fica ali vendo filmes supimpas como Sex and the City. Ou então programas que explicam como se constroem plataformas de petróleo - pela mãe do guarda, eu estou sobre uma! Dormindo e acordando! Eu quero é saber como destruir esta bodega!
Meu ponto de escape é a sala dos engenheiros. Meu computador ali, plugadinho, eu acesso a internet. E leio meu livrinho. As cadeiras não são muito confortáveis, mas incomodada ficava a sua avó.
E estava eu, na minha, conversando pelo messenger... quando o cara do meu lado resolveu coçar o saco!
Discretamente, escondidinho, virado pro canto???
NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO.
Enfiou a mão inteira dentro das calças e deu AQUELA coçada! Por um momento tive ímpetos de bater em seu ombro e dizer: Vai com calma, seu moço, que vai arrancar as bolinhas assim!

Eu mereço

Uma Emocionante Saga em Busca da Piada Perfeita

"As Páginas do Díário" surgiram meio por acaso, da união de minha paixão por escrever com a necessidade de responder a meus vários muitos amigos a eterna pergunta que não raro pululava em minha mailbox: "onde é que você tá, mulher?"
Pra não responder um por um, os relatos das viagens foram iniciados, e enviados para uma lista de amigos. Um interessante efeito bola-de-neve começou, com amigos mandando os textos para outros amigos, e a lista foi aumentando. Com tanta gente que nem me conhece querendo ler as besteiras que escrevo, só posso concluir uma coisa: como tem gente boba neste mundo! ! !
Para não correr o risco de perder os textos, resolvi colocar tudo na net, para referências futuras, que não serão aceitas como prova por nenhum juiz.
Claro que isto não significa que vou deixar de mandar as páginas do diário por email para meus diletos, seletos, concretos e infelizes leitores!

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