segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Página de Fim de Ano

White Christmas no dos Outros é Refresco

Eu sei, amiguinhos, eu sei. O diário está parado, eu nem desejei um Feliz Natal à minha lista, o peru não é saudável, não é Sadia, e o preço da Barbie está um roubo!
Aqueles que conhecem esta pessoa há algum tempo sabem que o mês de Dezembro é sempre atarefado, numa tentativa insana de, entre os dias 18 e 25, ver a TODOS os meus amigos e ganhar vários muitos abraços. Tentativa insana mas que vale totalmente à pena.
Natal para mim é secundário, nada mais que um dia em que um outro JC qualquer faz aniversário.
Claro que este ano veio também a preocupada correlação entre esta JC, aniversariante de Dezembro, e AQUELE JC, também aniversariante de Dezembro, e todas as complicações em sua vida após os 33 anos. Ou seja, até que eu complete 34, não passo nem perto de cruzes! Nem sinal da cruz! Nem ponto-cruz! Cruz-credo!

Além de envolvida com a organização da maior festa do ano de Aberdeen (o que não chega a ser um fato memorável. Qualquer reunião de gatos-pingados que passe das duas da manhã já está concorrendo ao título), também estou às voltas com a busca de um lugar para morar. Sim, eu sou agora uma sem-teto. Mas sem-teto no Reino Juntinho. Coisa chique.
Tenho certeza que todos já passaram por isso alguma vez na vida: a busca do apartamento perfeito. Quando o apartamento é bom, o lugar é ruim. Quando o lugar é bom, o apartamento é horrível. Quando o lugar é bom e o apartamento consegue abarcar todas as suas coisas, então o aluguel é incompatível com suas finanças. Resumindo: um saco. E pensar no trabalhão de empacotar/desempacotar os bagulhos depois que encontrar um lugar habitável não ajuda nada...

Resolvi dar um tempo nessa busca insana e preparei a mega-festa de aniversário. Que deve ter sido muito boa, mas ninguém se lembra. A quantidade de álcool consumida é comparável à produção anual de uma pequena destilaria, e a variedade de tipos e países de origem também imipressiona: cervejas belga, mexicana, reino-unidense e holandesa, rum venezuelano, aguardente colombiana, a África representada pela conhecida Amarula, um licor ucraniano (!!!), vinho francês e italiano, além dos óbvios whisky escocês e cachaça brazuca.
O problema com o meu aniversário é que eu nasci no dia errado. Comemorando por 14 horas seguidas, me sobra pouco tempo depois para limpar a bagunça, descansar, limpar o corpo e purificar a alma para o Natal. Fácil compreender porque esta página veio atrasada.

O Natal, geralmente uma data mais tranquila para mim, que passo com a família, aquela ceia tradicional à base de peru, pernil e chester caramelizado que deixa todo em ritmo de jibóia depois de engolir uma rês, é meu período de concentração para o Ano Novo – mesmo porque, com minha filosofia de não comer carne de bicho morto, a orgia alimentar não me afeta e eu estou totalmente refeita no 31 de Dezembro, quando respeitosamente rendo minhas homenagens à rainha do mar, pulo sete ondinhas, faço meus desejos, como doze uvas, abro o champanhe e cerimoniosamente enfio o pé na Jaque. Depois das duas da manhã eu volto para casa abrindo doze champanhes, fazendo sete uvas e pulando 31 despachos.
Longe de casa, fui apresentada ao tradiciional Natal colombiano. Cujas músicas natalinas são em ritmo de salsa (quem quiser saber como é, aqui vai o link para a mais cantada, arbolito de navidad: http://www.youtube.com/watch?v=1KOBeUxUyqI) e a ceia é seguida de uma tradicionalíssima rumba.
Até de manhã.

Resumo da ópera: meu descanso pós-aniversário vai ficar mesmo é pra Quaresma.
É isso aí, galera! Feliz Ano Novo! Boas Festas! E vamos que vamos!

Jaqueline Costa
Procurando o Bom Velhinho, Silvio Santos

Nenhum comentário:

Uma Emocionante Saga em Busca da Piada Perfeita

"As Páginas do Díário" surgiram meio por acaso, da união de minha paixão por escrever com a necessidade de responder a meus vários muitos amigos a eterna pergunta que não raro pululava em minha mailbox: "onde é que você tá, mulher?"
Pra não responder um por um, os relatos das viagens foram iniciados, e enviados para uma lista de amigos. Um interessante efeito bola-de-neve começou, com amigos mandando os textos para outros amigos, e a lista foi aumentando. Com tanta gente que nem me conhece querendo ler as besteiras que escrevo, só posso concluir uma coisa: como tem gente boba neste mundo! ! !
Para não correr o risco de perder os textos, resolvi colocar tudo na net, para referências futuras, que não serão aceitas como prova por nenhum juiz.
Claro que isto não significa que vou deixar de mandar as páginas do diário por email para meus diletos, seletos, concretos e infelizes leitores!

Cookie é bom, ninguém quer dar!