White Christmas no dos Outros é Refresco
Eu sei, amiguinhos, eu sei. O diário está parado, eu nem desejei um Feliz Natal à minha lista, o peru não é saudável, não é Sadia, e o preço da Barbie está um roubo!
Aqueles que conhecem esta pessoa há algum tempo sabem que o mês de Dezembro é sempre atarefado, numa tentativa insana de, entre os dias 18 e 25, ver a TODOS os meus amigos e ganhar vários muitos abraços. Tentativa insana mas que vale totalmente à pena.
Natal para mim é secundário, nada mais que um dia em que um outro JC qualquer faz aniversário.
Claro que este ano veio também a preocupada correlação entre esta JC, aniversariante de Dezembro, e AQUELE JC, também aniversariante de Dezembro, e todas as complicações em sua vida após os 33 anos. Ou seja, até que eu complete 34, não passo nem perto de cruzes! Nem sinal da cruz! Nem ponto-cruz! Cruz-credo!
Além de envolvida com a organização da maior festa do ano de Aberdeen (o que não chega a ser um fato memorável. Qualquer reunião de gatos-pingados que passe das duas da manhã já está concorrendo ao título), também estou às voltas com a busca de um lugar para morar. Sim, eu sou agora uma sem-teto. Mas sem-teto no Reino Juntinho. Coisa chique.
Tenho certeza que todos já passaram por isso alguma vez na vida: a busca do apartamento perfeito. Quando o apartamento é bom, o lugar é ruim. Quando o lugar é bom, o apartamento é horrível. Quando o lugar é bom e o apartamento consegue abarcar todas as suas coisas, então o aluguel é incompatível com suas finanças. Resumindo: um saco. E pensar no trabalhão de empacotar/desempacotar os bagulhos depois que encontrar um lugar habitável não ajuda nada...
Resolvi dar um tempo nessa busca insana e preparei a mega-festa de aniversário. Que deve ter sido muito boa, mas ninguém se lembra. A quantidade de álcool consumida é comparável à produção anual de uma pequena destilaria, e a variedade de tipos e países de origem também imipressiona: cervejas belga, mexicana, reino-unidense e holandesa, rum venezuelano, aguardente colombiana, a África representada pela conhecida Amarula, um licor ucraniano (!!!), vinho francês e italiano, além dos óbvios whisky escocês e cachaça brazuca.
O problema com o meu aniversário é que eu nasci no dia errado. Comemorando por 14 horas seguidas, me sobra pouco tempo depois para limpar a bagunça, descansar, limpar o corpo e purificar a alma para o Natal. Fácil compreender porque esta página veio atrasada.
O Natal, geralmente uma data mais tranquila para mim, que passo com a família, aquela ceia tradicional à base de peru, pernil e chester caramelizado que deixa todo em ritmo de jibóia depois de engolir uma rês, é meu período de concentração para o Ano Novo – mesmo porque, com minha filosofia de não comer carne de bicho morto, a orgia alimentar não me afeta e eu estou totalmente refeita no 31 de Dezembro, quando respeitosamente rendo minhas homenagens à rainha do mar, pulo sete ondinhas, faço meus desejos, como doze uvas, abro o champanhe e cerimoniosamente enfio o pé na Jaque. Depois das duas da manhã eu volto para casa abrindo doze champanhes, fazendo sete uvas e pulando 31 despachos.
Longe de casa, fui apresentada ao tradiciional Natal colombiano. Cujas músicas natalinas são em ritmo de salsa (quem quiser saber como é, aqui vai o link para a mais cantada, arbolito de navidad: http://www.youtube.com/watch?v=1KOBeUxUyqI) e a ceia é seguida de uma tradicionalíssima rumba.
Até de manhã.
Resumo da ópera: meu descanso pós-aniversário vai ficar mesmo é pra Quaresma.
É isso aí, galera! Feliz Ano Novo! Boas Festas! E vamos que vamos!
Jaqueline Costa
Procurando o Bom Velhinho, Silvio Santos
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