domingo, 9 de maio de 2010

Das Schukrute!

Cerviajando pela Alemanha
Resolvi aproveitar a estadia da Pequena Infante comigo e os dias livres que tirei para com ela ir visitar uma cara amiga que com seu marido se mudou do Brasil para a Alemanha. Quer dizer, cara amiga ela era quando vivia no Brasil. Agora em terras germânicas respirando em euros, diria que seu status está próximo da extorsão.
Voamos de Apertinho a Paris, pela Air France. Ou Air Chance, por que sempre há uma chance de:
a) Eles perderem sua bagagem
b) Seu vôo atrasar
c) Seu vôo ser cancelado
Depois de girada a roleta, nos coube a alternativa C. Assim que em lugar de sair do Reino Juntinho em direção à cidade-luz no sábado à noite, fomos remanejadas para o domingo de manhã. Bem, faz parte. Tirando o aborrecimento e o fato de ter de conseguir novos tickets de trem para a terra da cerveja (gelada, nós esperávamos), tudo estava bem.
Nosso destino era Köln, ou Colônia, pitoresca cidadezinha alemã de que todos já ouvimos falar mas nunca sabemos porque. Depois de muito puxar pela memória, alguém aí certamente vai pensar nas Águas de Colônia. E vai descartar imediatamente achando que foi uma associação estúpida.
Foi não. São de lá mesmo.
O interessante de se viajar de trem é que você percebe claramwente a mudança na arquitetura quando sai de um país e entra em outro. Tá, tudo bem, essa mudança não é tão aparente na fronteira França-Bélgica. Aliás, considerando a continuidade na arquitetura, o gosto por queijos e que o idioma é o mesmo, eu sou pessoalmente a favor de que a França anexe o país vizinho.
Qualquer um que já tenha jogado WAR vai concordar que isso simplifica a geografia e a vida do Exército Azul.
Uma vez na Alemanha, no entando, o câmbio salta aos olhos: as torres ficam mais pontudas, os tijolinhos vermelhos se reproduzem qual gremlins sob as águas de março, e os pastores alemães latem com sotaque.
Já em Köln, tendo sido cortesmente recebidas por meu casal de amigos na estação de trem da cidade, e após largar bolsas e malas na casa deles, passamos para o reconhecimento de terreno, atividade que pra ter graça tem que ser a pé.
E pra ter mais graça aiinda você tem que perguntar a história da cidade pra sua amiga, que ainda não sabe direito.
Mas quem acha que Köln apenas tem as tais águas para oferecer, engana-se germanicamente! Você também pode desfrutar de um gostoso passeio à beira do rio, divertir-se lendo inscrições em cadeados e correntes presos a uma ponte por casais enamorados, numa tradição que remete à cidade italiana de Florença e a ponte Vecchia (não me perguntem QUE cidade começou a brincadeira. Eu não saberia dizer. Nem minha amiga, creio. Mas aposto na Itálila). E uma igreja em estilo gótico, a catedral de Köln, que abriga em sua torre o maior sino do mundo. Pena que para vê-lo você tenha que galgar os quinhentos e trinta e três degraus da igreja.
E se vocês pensam que o fato de eu ser manqueta, ter brownquite, a torre da igreja ser aberta e estar chovendo impediu a escrota da minha amiga e a corna da minha irmã de me arrastarem escadaria acima, HÁ!
Definitivamente está na hora de rever meus relacionamentos.
A surpresa maior veio quando, alcançada a tal da Torre e após a pausa para me despedir oficialmente do meu pulmão, pedimos ao tiozinho que na guarita ficava vigiando o sino gigantesco (não sei se para ele não fugir ou medo de alguém querer levar um souvenir de trocentas toneladas no bolso. Lógica alemã nem sempre é simples de seguir) que tirasse uma foto nossa – e o simpático senhor nos responde em português, com aquele sotaque carregado vindo d’além mar e ‘trás dos montes!
A raça lusitana é definitivamente uma praga...

Jaqueline Costa
Chegou à conclusão que cerveja boa é a nacional. Da Alemanha

Nenhum comentário:

Uma Emocionante Saga em Busca da Piada Perfeita

"As Páginas do Díário" surgiram meio por acaso, da união de minha paixão por escrever com a necessidade de responder a meus vários muitos amigos a eterna pergunta que não raro pululava em minha mailbox: "onde é que você tá, mulher?"
Pra não responder um por um, os relatos das viagens foram iniciados, e enviados para uma lista de amigos. Um interessante efeito bola-de-neve começou, com amigos mandando os textos para outros amigos, e a lista foi aumentando. Com tanta gente que nem me conhece querendo ler as besteiras que escrevo, só posso concluir uma coisa: como tem gente boba neste mundo! ! !
Para não correr o risco de perder os textos, resolvi colocar tudo na net, para referências futuras, que não serão aceitas como prova por nenhum juiz.
Claro que isto não significa que vou deixar de mandar as páginas do diário por email para meus diletos, seletos, concretos e infelizes leitores!

Cookie é bom, ninguém quer dar!