A Seleção das Frases Non-Sense de Santiago
Promessa é dívida, e dívida a gente rola... até a hora em que os cobradores se amontoam na porta ameaçando colocá-la abaixo.
Obviamente que nada disto aconteceu, mas eu tive uns pesadelos esquisitos sobre o assunto.
(Talvez seja hora de checar a conta do cartão de crédito).
Enfim! Eu havia prometido na página 20 que a página 21 viria com uma seleção das piores frases de Santiago. E já comecei no título, uma enigmática frase da Tati diante de uma escultura em Santiago.
Algumas das frases merecem uma ambientação para serem melhor apreciadas, outras são auto-elucidativas (ou tão loucas que nenhuma explicação seria suficiente). Para seu deleite:
Tour pela cidade. O guia avisa pelo áudio que à nossa direita está o rio Mapacho, palavra que, em Mapudungun, prucurundun, ziriguidun ou qualquer que seja a língua dos índios chilenos, significa água que penetra na terra. Olhamos à direita e só vemos pedras, quase nada de água, já que era época de seca. Tati, imediata:
- É, tá todo penetrado!
PC, revelando o segredo que o mundo já sabia: Quando eu falo que a Tati é espaçosa, ninguém me entende!
Josie, ao ouvir a conversa sobre o restaurante da noite anterior sem ligar o nome ao cardápio: Onde é Azul Profundo?
Jaque, criando novos sentidos para velhos verbos: Onde a gente ‘restaurou’ ontem.
Josie, sobre as narebas chilenas: Por isso que o ar aqui é rarefeito!
Tati: Eu aprendi a funiculoar com o Felipe!
Tati: PC, eu quero que você tire uma foto daqui pra lá, com o negócio atrás...
Triste constatação de PC, depois que uma onda traiçoeira lhe molhou tênis, meias e calças em Viña del Mar: Gente, ficar seco é tão bom. Quando a gente está seco a gente não dá valor...
Tati, estendendo a câmera para PC: PC, bate uma pra mim?
Na casa de vinhos, diante da bomba de vácuo para preservar a bebida, Josie neologista: É o vacuorizador!
Tati num momento de falso puritanismo: Mas tira da minha cara!
No metrô, depois de pegar uma bela chuva nos cornos. Tati deita a cabeça no ombro de PC.
PC: Tati, tá molhadinho...
Tati: Mas que delícia!
Museu de História Natural de Santiago. Por uma, acredito eu, homenagem à arquitetura lusitana, os salões do segundo piso não se interligam. O que significa que, para sair de uma mostra e ir a outra, há que se descer escadas, atravessar o salão do primeiro piso, e subir tudo de novo. Iniciávamos essa peregrinação quando PC, sempre bem antenado com a situação, pergunta: Onde vamos?
Jaque: Descer. É que no outro salão tem...
Tati, mais rápida que The Flash: Escada!!!
E, por último mas não menos importante, o jantar no Restaurante Giratório. Parada obrigatória, este lugar fica no alto de uma torre e seu salão de jantar, circular, gira vagarosamente, mostrando então toda a cidade de Santiago. Um barato pra maluco nenhum botar defeito, e de fazer engenheiro lembrar cálculo de velocidade angular. Já tínhamos dado umas duas voltas no carrossel quando Tati, que já havia comentado ter gostado muito da cidade de Santiago, diz: Gente, adorei aqui. Tô mesmo muito a fim de vir morar aqui.
Josie: Aqui, aqui?
Tati: É.
Josie: Ai... eu ía ficar tonta!
E é isto. Não percam os próximos capítulos, com a incrível saga da Josie em suas tentativas infrutíferas de sentar no troninho, e a subida a El Colorado pra esquiar na maionese!
Jaqueline Costa
Que ainda vai colocar as páginas em dia. Sou brasileira e não desisto nunca!
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