quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Gente, Olha o Tamanho do Bagulho!

A Seleção das Frases Non-Sense de Santiago

Promessa é dívida, e dívida a gente rola... até a hora em que os cobradores se amontoam na porta ameaçando colocá-la abaixo.
Obviamente que nada disto aconteceu, mas eu tive uns pesadelos esquisitos sobre o assunto.
(Talvez seja hora de checar a conta do cartão de crédito).
Enfim! Eu havia prometido na página 20 que a página 21 viria com uma seleção das piores frases de Santiago. E já comecei no título, uma enigmática frase da Tati diante de uma escultura em Santiago.
Algumas das frases merecem uma ambientação para serem melhor apreciadas, outras são auto-elucidativas (ou tão loucas que nenhuma explicação seria suficiente). Para seu deleite:

Tour pela cidade. O guia avisa pelo áudio que à nossa direita está o rio Mapacho, palavra que, em Mapudungun, prucurundun, ziriguidun ou qualquer que seja a língua dos índios chilenos, significa água que penetra na terra. Olhamos à direita e só vemos pedras, quase nada de água, já que era época de seca. Tati, imediata:
- É, tá todo penetrado!

PC, revelando o segredo que o mundo já sabia: Quando eu falo que a Tati é espaçosa, ninguém me entende!

Josie, ao ouvir a conversa sobre o restaurante da noite anterior sem ligar o nome ao cardápio: Onde é Azul Profundo?
Jaque, criando novos sentidos para velhos verbos: Onde a gente ‘restaurou’ ontem.

Josie, sobre as narebas chilenas: Por isso que o ar aqui é rarefeito!

Tati: Eu aprendi a funiculoar com o Felipe!

Tati: PC, eu quero que você tire uma foto daqui pra lá, com o negócio atrás...

Triste constatação de PC, depois que uma onda traiçoeira lhe molhou tênis, meias e calças em Viña del Mar: Gente, ficar seco é tão bom. Quando a gente está seco a gente não dá valor...

Tati, estendendo a câmera para PC: PC, bate uma pra mim?

Na casa de vinhos, diante da bomba de vácuo para preservar a bebida, Josie neologista: É o vacuorizador!

Tati num momento de falso puritanismo: Mas tira da minha cara!

No metrô, depois de pegar uma bela chuva nos cornos. Tati deita a cabeça no ombro de PC.
PC: Tati, tá molhadinho...
Tati: Mas que delícia!

Museu de História Natural de Santiago. Por uma, acredito eu, homenagem à arquitetura lusitana, os salões do segundo piso não se interligam. O que significa que, para sair de uma mostra e ir a outra, há que se descer escadas, atravessar o salão do primeiro piso, e subir tudo de novo. Iniciávamos essa peregrinação quando PC, sempre bem antenado com a situação, pergunta: Onde vamos?
Jaque: Descer. É que no outro salão tem...
Tati, mais rápida que The Flash: Escada!!!

E, por último mas não menos importante, o jantar no Restaurante Giratório. Parada obrigatória, este lugar fica no alto de uma torre e seu salão de jantar, circular, gira vagarosamente, mostrando então toda a cidade de Santiago. Um barato pra maluco nenhum botar defeito, e de fazer engenheiro lembrar cálculo de velocidade angular. Já tínhamos dado umas duas voltas no carrossel quando Tati, que já havia comentado ter gostado muito da cidade de Santiago, diz: Gente, adorei aqui. Tô mesmo muito a fim de vir morar aqui.
Josie: Aqui, aqui?
Tati: É.
Josie: Ai... eu ía ficar tonta!

E é isto. Não percam os próximos capítulos, com a incrível saga da Josie em suas tentativas infrutíferas de sentar no troninho, e a subida a El Colorado pra esquiar na maionese!

Jaqueline Costa
Que ainda vai colocar as páginas em dia. Sou brasileira e não desisto nunca!

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Uma Emocionante Saga em Busca da Piada Perfeita

"As Páginas do Díário" surgiram meio por acaso, da união de minha paixão por escrever com a necessidade de responder a meus vários muitos amigos a eterna pergunta que não raro pululava em minha mailbox: "onde é que você tá, mulher?"
Pra não responder um por um, os relatos das viagens foram iniciados, e enviados para uma lista de amigos. Um interessante efeito bola-de-neve começou, com amigos mandando os textos para outros amigos, e a lista foi aumentando. Com tanta gente que nem me conhece querendo ler as besteiras que escrevo, só posso concluir uma coisa: como tem gente boba neste mundo! ! !
Para não correr o risco de perder os textos, resolvi colocar tudo na net, para referências futuras, que não serão aceitas como prova por nenhum juiz.
Claro que isto não significa que vou deixar de mandar as páginas do diário por email para meus diletos, seletos, concretos e infelizes leitores!

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